Gripe das Aves
A propósito da Gripe das Aves, recebi uma chainletter que, depois de uma explicação mais detalhada, resumia as ideias venenosas que pretendia espalhar da seguinte maneira:
Os amigos de Bush decidem que um fármaco como o TAMIFLU é a solução
para uma pandemia, apesar de ainda não ter acontecido e apesar de ter causado, em todo o mundo, apenas 100 mortes em 9 anos. Este fármaco não cura sequer a gripe comum. O vírus não afecta o homem em condicões normais. Rumsfeld vende a patente do TAMIFLU à ROCHE e esta paga-lhe uma fortuna. A Roche adquire 90% da produção de anís, base do antivírico. Os Governos de todo o Mundo ameaçam com uma pandemia e compram à ROCHE quantidades industriais do producto. Nós pagamos o medicamento e Rumsfeld, Cheney e Bush enriquecem...
Sandra Queiroz
INFARMED-DGREE-RAM
Não sei da autenticidade da autora, provavelmente é inventada para dar credibilidade, no entanto, achei pertinente a reflecção, por poder agora confrontá-la um pouco com o que tenho ouvido na comunidade médica.
Em primeiro lugar, dizer que os "amigos de Bush decidem" é passar um atestado de estupidez a toda a comunidade cientifica, em particular a europeia e em simultâneo a nós próprios, uma vez que faríamos hipoteticamente parte da sociedade que come e cala tudo o que os americanos dizem.
Apesar do que se diz sobre a parte comercial do Tamiflu, o certo é que o único fármaco que pode combater a possível doença.
A verdade é que a pandemia pode estalar a qualquer momento e muitas mortes podem haver.
Digo estalar porque a partir do momento em que o vírus ache uma maneira de se transmitir entre humanos a pandemia é uma realidade. Preve-se que em três meses atinja todo o mundo e provoque mortes com algum significado. Em Portugal estima-se que possam morrer 10.000 pessoas, cerca de 10% do número anual de óbitos em Portugal, antes que a pandemia seja naturalmente controlada pelo ecossistema.
Se pensarmos que somos 10 milhões a probabilidade de morrermos é cerca de 1 em 1.000. Digamos que não é nula, nem perto disso. A probabilidade de alguém da nossa família morrer provavelmente é muito maior. Mas isto são os cenários mais pessímistas.
Ao mesmo tempo, também pode acontecer que nunca se dê a pandemia e nós e todos os governos que compraram Tamiflu e que enriqueceram muita gente nestes últimos anos ainda vamos agradecer a tudo e todos por não ter havido tal pandemia.
Mas se houver a calamidade, pelo menos não vamos ficar apenas de bracos cruzados e podemos salvar algumas vidas. Será que isto vale o custo enorme que se tem em prevenir?
Em termos economicistas provavelmente não é um bom negócio.
Mas também tudo depende de qual o preço da vida...
Os amigos de Bush decidem que um fármaco como o TAMIFLU é a solução
para uma pandemia, apesar de ainda não ter acontecido e apesar de ter causado, em todo o mundo, apenas 100 mortes em 9 anos. Este fármaco não cura sequer a gripe comum. O vírus não afecta o homem em condicões normais. Rumsfeld vende a patente do TAMIFLU à ROCHE e esta paga-lhe uma fortuna. A Roche adquire 90% da produção de anís, base do antivírico. Os Governos de todo o Mundo ameaçam com uma pandemia e compram à ROCHE quantidades industriais do producto. Nós pagamos o medicamento e Rumsfeld, Cheney e Bush enriquecem...
Sandra Queiroz
INFARMED-DGREE-RAM
Não sei da autenticidade da autora, provavelmente é inventada para dar credibilidade, no entanto, achei pertinente a reflecção, por poder agora confrontá-la um pouco com o que tenho ouvido na comunidade médica.
Em primeiro lugar, dizer que os "amigos de Bush decidem" é passar um atestado de estupidez a toda a comunidade cientifica, em particular a europeia e em simultâneo a nós próprios, uma vez que faríamos hipoteticamente parte da sociedade que come e cala tudo o que os americanos dizem.
Apesar do que se diz sobre a parte comercial do Tamiflu, o certo é que o único fármaco que pode combater a possível doença.
A verdade é que a pandemia pode estalar a qualquer momento e muitas mortes podem haver.
Digo estalar porque a partir do momento em que o vírus ache uma maneira de se transmitir entre humanos a pandemia é uma realidade. Preve-se que em três meses atinja todo o mundo e provoque mortes com algum significado. Em Portugal estima-se que possam morrer 10.000 pessoas, cerca de 10% do número anual de óbitos em Portugal, antes que a pandemia seja naturalmente controlada pelo ecossistema.
Se pensarmos que somos 10 milhões a probabilidade de morrermos é cerca de 1 em 1.000. Digamos que não é nula, nem perto disso. A probabilidade de alguém da nossa família morrer provavelmente é muito maior. Mas isto são os cenários mais pessímistas.
Ao mesmo tempo, também pode acontecer que nunca se dê a pandemia e nós e todos os governos que compraram Tamiflu e que enriqueceram muita gente nestes últimos anos ainda vamos agradecer a tudo e todos por não ter havido tal pandemia.
Mas se houver a calamidade, pelo menos não vamos ficar apenas de bracos cruzados e podemos salvar algumas vidas. Será que isto vale o custo enorme que se tem em prevenir?
Em termos economicistas provavelmente não é um bom negócio.
Mas também tudo depende de qual o preço da vida...
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