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Ex-trabalhadores por conta de outrém que se alforriaram e seguiram rumos completamente distintos!

sábado, janeiro 26, 2008

Fédon – Como o filósofo encara a morte IV

Capitulos anteriores:
Fédon: Introdução
Fédon – Como o filósofo encara a morte I
Fédon – Como o filósofo encara a morte II
Fédon – Como o filósofo encara a morte III

Passo 3: A morte é desejo natural do filósofo

Sc: Ora só os filósofos verdadeiros [...] aspiram de contínuo e mais que ninguém, a libertá-la [a alma], e precisamente isto é a sua tarefa: libertar e separar a alma do corpo.
Sm: Certamente
Sc: É [...] inegável que os filósofos verdadeiros, exercitam-se realmente em morrer, e a ideia da morte não lhes causa [...] o mínimo receio.[...] Quem baixar ao Hades [espírito eterno – paraíso grego] puro [...] habitará em companhia dos deuses. Pois, como afirmam os que tratam de iniciações, são muitos os portadores de Tirso, mas poucos os bacantes.

O medo da morte (abhinivesha) é considerado um dos obsctaculos pelo próprio Patanjali no Sutra II.9. Patanjali afirma que esta aflição é a mais universal de todas às quais nem os mais sábios escapam, e a raiz dele é a ignorância (avidya) causada pelo mundo ilusório onde vivemos. Superando essa noção de dualidade da existência o medo da morte extingue-se, porque sabemos que após o fim do corpo o que vem é apenas luz e sabedoria. Sócrates sabia-o, e tal como Krishna, no famoso Bhagavad-Gita (A canção do Senhor), também sabia de que entre todos os homens, poucos são os que o procuram e de dentro desses raros são os que o encontram (os bacantes de Sócrates).

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