Fédon- Teoria da Reminiscência III
Definição de aprender
Sc: Portanto saber não é mais que ter conhecimento de alguma coisa e não se deixar privar dele. Ou não chama-mos ao esquecimento a perda do que se soube?
Sm: Com toda a certeza.
Sc: Se nós [...] viéssemos, quando nascemos , a esquecer aquilo que anteriormente aprendemos, mas no futuro, por intermédio dos sentidos, tornássemos a recordá-lo, não seria o que chamamos aprender mais do que recuperar conhecimentos que já nos pertenciam?
Sm: Sem dúvida.
Sc: [ultima ponto] ou nós nascemos com estes conhecimentos [ da igualdade em si e outras ideias essenciais] [...] ou aqueles [...] que se instruem, depois de nasceram, não fazem senão lembrar-se; e, neste caso, instruir-se seria apenas reminiscência.
Sm: É assim mesmo.
Sc: Não crês que todos os homens saibam estas coisas?
Sm: De modo algum.
Sc: Recordam-se então eles do que antes aprenderam [ou seja não nascem com os conhecimentos apreendidos]?
Sm: É claro
Sc: Quando é que as nossas almas adquiriram esses conhecimentos? Não foi, de certeza, depois de termos nascido.
Sm: Não decerto.
Sc: Seria antes?
Sm: Sim.
Sc: Por conseguinte, as almas existiam separadas dos corpos aptas a pensarem, antes de revestirem forma humana.
O yoga clássico contudo não rejeita o esforço humano para adquirir esse conhecimento. Contudo nos Yoga Sutras (IV.3) indica que as praticas do yogi têm como objectivo remover os obstáculos para que existência possa cumprir os seus desígnios, tal como o agricultor que cria os caminhos para a agua fluir, mas que a forma como este corre pelos campos é algo que está fora do controlo do yogi. É algo natural que não pode ser mudado. A água corre sempre de cima para baixo.
Todos os mestre dizem que a busca espiritual é ir ao encontro de algo que já está dentro de nós. U.G. Krishnamurti chama a isto o nosso estado natural. A busca não é mais do que procurar algo que já existe em nós.
De uma forma mais terrena temos o yoga integral de Aurobindo que na sua abordagem pedagógica diz peremptoriamente: “O primeiro principio do ensino é que nada pode ser ensinado.”. Isto claramente coloca a aprendizagem acima do ensino, onde o professor passa a mero facilitador ou guia daquele que aprende aquilo que já existe nele. De notar que este principio é posto em prática no sul da Índia, Pondicherry, na escola formada pelos seguidores de Aurobindo (SAICE: Sri Aurobindo International Center of Education).
Sc: Portanto saber não é mais que ter conhecimento de alguma coisa e não se deixar privar dele. Ou não chama-mos ao esquecimento a perda do que se soube?
Sm: Com toda a certeza.
Sc: Se nós [...] viéssemos, quando nascemos , a esquecer aquilo que anteriormente aprendemos, mas no futuro, por intermédio dos sentidos, tornássemos a recordá-lo, não seria o que chamamos aprender mais do que recuperar conhecimentos que já nos pertenciam?
Sm: Sem dúvida.
Sc: [ultima ponto] ou nós nascemos com estes conhecimentos [ da igualdade em si e outras ideias essenciais] [...] ou aqueles [...] que se instruem, depois de nasceram, não fazem senão lembrar-se; e, neste caso, instruir-se seria apenas reminiscência.
Sm: É assim mesmo.
Sc: Não crês que todos os homens saibam estas coisas?
Sm: De modo algum.
Sc: Recordam-se então eles do que antes aprenderam [ou seja não nascem com os conhecimentos apreendidos]?
Sm: É claro
Sc: Quando é que as nossas almas adquiriram esses conhecimentos? Não foi, de certeza, depois de termos nascido.
Sm: Não decerto.
Sc: Seria antes?
Sm: Sim.
Sc: Por conseguinte, as almas existiam separadas dos corpos aptas a pensarem, antes de revestirem forma humana.
O yoga clássico contudo não rejeita o esforço humano para adquirir esse conhecimento. Contudo nos Yoga Sutras (IV.3) indica que as praticas do yogi têm como objectivo remover os obstáculos para que existência possa cumprir os seus desígnios, tal como o agricultor que cria os caminhos para a agua fluir, mas que a forma como este corre pelos campos é algo que está fora do controlo do yogi. É algo natural que não pode ser mudado. A água corre sempre de cima para baixo.
Todos os mestre dizem que a busca espiritual é ir ao encontro de algo que já está dentro de nós. U.G. Krishnamurti chama a isto o nosso estado natural. A busca não é mais do que procurar algo que já existe em nós.
De uma forma mais terrena temos o yoga integral de Aurobindo que na sua abordagem pedagógica diz peremptoriamente: “O primeiro principio do ensino é que nada pode ser ensinado.”. Isto claramente coloca a aprendizagem acima do ensino, onde o professor passa a mero facilitador ou guia daquele que aprende aquilo que já existe nele. De notar que este principio é posto em prática no sul da Índia, Pondicherry, na escola formada pelos seguidores de Aurobindo (SAICE: Sri Aurobindo International Center of Education).
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