XSlave

Ex-trabalhadores por conta de outrém que se alforriaram e seguiram rumos completamente distintos!

domingo, maio 29, 2005

Star Wars (3)

Fui ver Star Wars. Episódio III. Gostei, gostei muito. Tal como num supermercado, temos muitos produtos semelhantes à escolha e nós preferimos um ao outro, também dentro dos muitos filmes disponíveis existem uns que gostamos mais que outros. Essa escolha não é obrigatoriamente igual á de muitas outras pessoas, e ainda bem que assim é. É na diversidade que a nossa sociedade acenta, numa diversidade que se quer tolerante. Ora, essa tolerância é a coisa mais difícil de conseguir. Como explicar a pessoas que detestam histórias de fantasia que o Star Wars pode ser um filme que me tenha marcado, que tenha deixado inscrito em mim algo de real (tal como José Gil diz, a inscrição existe quando um acontecimento se traduz numa experiência decisiva e formadora e marca a nossa realidade de uma forma resoluta).
Todos os adeptos deste tipo de filmes têm uma réstia de esperança, que algures numa galáxia muito, muito longe existam pessoas com os ideais mais nobres que alguma vez alguém viu. Ainda que associados ao romantismo exacerbado da guerra, os Jedi não deixam de ser aquelas pessoas que todas desejamos ser.
Uma pessoa que renuncia aos elos emocionais e faz da compaixão (a capacidade de amar incondicionalmente) a sua bandeira. Uma pessoa que cumpre o seu dever acima de todas as circunstâncias (quantos de nós não vacilamos perante um momento de lazer, uma distracção, um desvio quando temos uma tarefa que se considera muito importante?). Uma pessoa que dedica a sua vida a manutenção da paz (ainda que com um sabre de luz à cintura). Uma pessoa que se treina no desapego de tudo aquilo que lhe traz sofrimento (algo que entre nós nem Cristo atingiu de forma perfeita). Em resumo uma pessoa que busca a perfeição, da mesma forma que um pintor procura com a ponta do seu pincel transformar a cor e a luz em algo divino.
Contudo apesar de desejarmos que os Jedi sejam uma realidade eles foram criados a partir de um conjunto de preceitos que nós (seres humanos do planeta Terra do Sistema Solar) idealizamos para nós próprios. As características dos Jedi são aquelas que estão escritas em quase todas as escrituras sagradas de todas as religiões do mundo como aquelas que indicam qual o caminho que o Homem deve seguir se procura o divino.
A compaixão de Cristo, o desapego de Buda ou cumprimento do dever do guerreiro Arjuna.
Por isso é que eu acredito que ainda é possível a um comum mortal transformar-se num Jedi. Leva tempo, paciência, muitas vidas, disciplina, perseverança, humildade e capacidade de sacrifício.
Quando o Luke Skywalker viu o grande mestre Jedi Yoda levantar a sua nave espacial do lodo de um pântano exclamou: “Eu não acredito!”. “Por isso é que não consegues, meu jovem aprendiz” foi a resposta do mestre.

terça-feira, maio 24, 2005

Star wars (2)

Neném sem chupeta, Romeu sem Julieta
Carro sem estrada, queijo sem goiabada
Assim é o Anakin sem a Padmé

segunda-feira, maio 23, 2005

Star wars (1)

Afinal foi por amor... quem diria.

Quando a música entra nos ouvidos

Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta Que dá cabo do desejo
E a liberdade é uma maluca Que sabe quanto vale um beijo
Jorge Palma

quarta-feira, maio 18, 2005

Qual o caminho?

Na manhã do dia 25 de Abril de 1974, o capitão Salgueiro Maia avançou com as suas tropas do Terreiro do Paço para o Largo do Carmo (onde supostamente se encontravam os altos dignitários do Regime). Contudo ele tinha um problema: não sabia onde era o Largo do Carmo. Foram os populares que correndo ao lado dos carros blindados lhe indicaram o caminho.
Lá chegado, também não tinha um plano de como abordar o quartel. Foram uma vez mais os populares a oferecerem os telhados das suas casas como postos de vigília dos habitantes do quartel.
Foi o povo que empurrou os soldados para a frente. Foram as vozes do povo, a vontade de gritar liberdade e o desejo de poder dizer: EU SOU!

terça-feira, maio 17, 2005

Pensamentos anónimos roubados

As coisas boas da vida não têm de ser caras, apenas únicas.

Always look on to the bright side of life

O Colégio Sá de Miranda (não me recordo onde) tem uma filosofia pedagógica aparentemente simples, mas que na prática se tem revelado de difícil implementação. É uma escola optimista. É isso mesmo: a sua bandeira pedagógica é transmitir aos seus alunos uma forma de estar na vida positiva.
Numa altura em que diversos estudos revelam que a depressão entre adolescentes cresce para níveis preocupantes, é de louvar esta iniciativa onde o jornal da escola apenas traz boas noticias que valorizam os sucessos dos pequenos editores.
Fomentam a responsabilidade e a inter-ajuda: os mais velhos ajudam os mais novos a adormecer e contam as histórias do livro do riso por eles construído.
Por fim é lhes dito para ensinarem os próprios pais a não desistirem por não conseguirem qualquer coisa à primeira.
Palavras como Conseguir e Criatividade são familiares a todos os alunos que preferem ir ao Colégio durante o Verão do que ficar em casa a fazer nada.

“O povo português está um bocadinho melhor, mas continua um bocadinho pessimista.”
diz uma pequena optimista.

Mas porque será que os pais escolhem esta escola?
Porque a vai acompanhar para o resto da vida. Respondeu uma mãe optimista.

Uma cópia da cópia

O Tiago do metablog tem estado numa actividade bloguistica invejável. Neste ciclo cito duas coisas que ele citou;

  • «A beneficiência é sobretudo um vício do orgulho e não uma virtude da alma.» [Marquês de Sade]

  • Dicionários que irritam um santo

Generosidade - qualidade de quem é generoso;

Generoso - aquele que tem generosidade

segunda-feira, maio 16, 2005

Aborto vs Criminalidade

Existe um economista algures nos Estados Unidos, lá para as bandas de Chicago, que foi apelidado de o economista Rufia. É jovem e bem parecido. Pai de 4 filhos e detem o nome de Steven Levitt. Aos 37 anos possui opiniões por muitos consideradas polémicas.
A mais fantástica é de que a taxa de criminalidade está directamente correlacionada com a legalização do aborto. Diz ele, que nos EUA, houve um abaixamento da tão mal vista taxa dez anos após a legalização do aborto. O que se passa é que os delinquentes não se convertem, deixam é de nascer. Portanto um filho indesejado é um potencial delinquente. E esta hein...

domingo, maio 15, 2005

CANÇÃO DE BATER NO CHÃO

Nasce o sol trabalhamos.
Põe-se o sol descansamos.
Cavamos um poço, para beber,
Lavramos um campo, p’ra comer:
O Imperador e o seu poder
- Queremos lá saber!

China
Anónimo (séc. III a.C.)

Passa-se do Imperador para o lider do Partido e as coisas mantêm-se. No ocidente aquele que se adapta à mudança é conotado com o sucesso. Contudo em outros lugares do mundo é manutenção que rege os valores. Aquele capaz de manter imutável as suas crenças, convições e ideias é aquele que obterá a vitória perante o povo.

quinta-feira, maio 12, 2005

Liberdade (3)

Após ler um artigo em que um chinês se queixava da falta de liberdade de portugal, porque não podia trabalhar as horas que queria, não conseguia licenças para o que queria, falava da liberdade de decidir sobre a vida (aborto) entre outras coisas....
Sobre isso a Elza escreveu:

1- a liberdade é uma construcao histórico-cultural.

2- A liberdade não pode ser vista como um absoluto substantivo ...é uma nocão relacional...
há momentos em que é objecto de luta. a história das religioes mostra isso (católicos vs protestantes, por ex) e em que a liberdade é sacrificada em nome de outros valores

3- em grupo a minha liberdade acaba quando começa a dos outros. por isso é limitada... ainda bem... se não seria a lei do mais forte.

4- em contradicao aparente com o ponto 3 , pensar a liberdade sem pensar o poder é dificil. a liberdade é muitas vezes a possibilidade de exercicio do poder... a nossa sociedade está organizada de modo a que que quanto mais poder podes exercer mais livre és... mais podes impor a tua liberdade em detrimento da dos outros.

5- a liberdade não é o valor mais alto dos chineses (em comparação eventual a riqueza, a segurança, a cultura, o passado , sei lá)... para eles há coisas mais importantes..pelo menos para os lideres...

6- mas resumindo e concluindo, por enquanto prefiro a minha liberdade à dos chineses...

Liberdade (2)

Então e será que eu sou livre de:
  • Mandar o primeiro ministro para o caralho na cara dele;
  • Gritar no meio de restaurante;
  • Não ir trabalhar quando me apetece;
  • Dizer que não me apetece almoçar;
  • Apalpar uma gaja na rua;
  • ...

Ou estarei a violar a liberdade dos outros!? E porque é que os outros perdem a sua liberdade por eu fazer isto?

Liberdade (1)

do Lat. libertate


s. f.,

  • faculdade de uma pessoa poder dispor de si, fazendo ou deixando de fazer por seu livre arbítrio qualquer coisa;
  • gozo dos direitos do homem livre;
  • independência;
  • autonomia;
  • permissão;
  • ousadia;
  • (no pl. ) regalias;
  • (no pl. ) privilégios;
  • (no pl. ) imunidades.

  • - de consciência: direito de emitir opiniões religiosas e políticas que se julguem verdadeiras;
  • - de imprensa: direito concedido à publicação de algo sem necessidade de qualquer autorização ou censura prévia, mas sujeito à lei, em caso de abuso;
  • - individual: garantia que qualquer cidadão possui de não ser impedido de exercer e usufruir dos seus direitos, excepto em casos previstos por lei.

quinta-feira, maio 05, 2005

Loucura outra vez

"Those who danced were thought to be quite insane by those who could not hear the music" Angela Monet

Mentira vs Verdade

"Em tempos de mentira universal, dizer a verdade é um acto revolucionário" George Orwell

quarta-feira, maio 04, 2005

Esquerda vs Direita 2

Na continuação das divergências esquerda direita surgiu este artigo. Esclarecedor e ao mais tempo gerador de algumas divergências.
Uma boa leitura

http://www.diarioeconomico.com/edicion/noticia/0,2458,626536,00.html

terça-feira, maio 03, 2005

Esquerda e direita

Muito se fala de esquerda e de direita. Existem vários tipos de esquerda e vários tipos de direita. Existe gente de esquerda que vai para a direita e vice-versa, tal como os carros numa qualquer estrada.
Contudo continuamos a querer rotular as pessoas de esquerda e de direita. Este ponto de vista é no mínimo interessante.
Eu pessoalmente também não me consigo definir. Sou a favor do aborto e da iniciativa privada. Sou a favor do rendimento social de inserção e da privatização de algumas companhias. Acho que os impostos são justos, mas não gosto de os pagar... enfim. Penso que será um dilema para o resto da vida.