Este verao levei muitos livros comigo durante a minha road trip. Alguns de fácil leitura para ler no campismo, no carro, nos intervalos dos passeios de montanha e outros mais densos para momentos mais relaxados e sem pressas físicas ou mentais.
Assim continuei a minha saga Gonçalo Tavares onde acrescentei 4 á lista de senhores lidos e todos fantásticos:
O Senhor Juarroz
O Senhor Kraus
O Senhor Brecht
O Senhor Swedenborg e as investigaçoes geométricas
Este estilo literário foi aliás uma inspiraçao para mim começar a escrever uns pequenos textos sobre yoga cujo principal protagonista é o “Sr. Tavares”. Pode ser que em breve tenhais informaçoes sobre este novo senhor...
Outro livro inspirador foi
La Ventana del Visionario de Amit Goswami que aliás está a ser amplamente revisto neste blog com vários posts a resumirem as principais ideias que a física quântica traz a um novo paradigma sobre a forma de ver e pensar o mundo.
Estive em Taizé, un lugar inspirador sobre o qual já tinha lido um livro aqui comentado baseado na vida do Irmao fundador desta ordem religiosa, mas aberta a todos os credos. Deus
só pode amar é um livro escrito pelo
Irmao Roger que compila o seu pensamento de forma emotiva. Contudo a visita é indespensável para perceber a força deste lugar que na semana em que a visitei acolhia 2800 jovens (na maioria com menos de 30 anos). Impressionante...
Ainda antes de Taizé estive em Berlim e foi uma oportunidade para entender melhor o que foi essa coisa do muro de Berlim:
El muro de Berlin: la frontera a través de una cuidad por
Thomas Flemming explica em 78 páginas como foi possível dividir uma cidade ao meio para impedir que as pessoas fugissem de um continente para uma ilha. Este foi aliás o facto que mais me marcou que foi o facto de a Alemanha Oriental (RDA) conter o território de Berlim, mas parte desta cidade estar sobre o domínio das forças politicas ocidentais. Assim quando as forças de leste fecharam Berlim Ocidental dentro do muro era para impedir que os seus cidadoes fugissem para esta “ilha” dentro do seu próprio território. Estranho, mas interessante.
Para acalmar o espiríto reli o
Papalagui escrito por um chefe tribal das ilhas Samoa (
Tuiavii de Tiavea) que descreve aos seus concidadoes as suas impressoes do mundo ocidental depois de uma visita sua a esse mundo onde as pessoas vivem em caixas umas em cima de outras, usam peles nos pés e se matam por metais redondos.
Acabei a primeira parte da história do mais famoso cavaleiro da história da literatura mundial,
Don Quixote. Foi uma leitura mais dificil que a prevista inicialmente. O facto de as pessoas nao viajarem muito obrigava os escritores a descreveram tudo aquilo que viam e imaginavam. Hoje em dia os seres humanos têm já demasiadas imagens na cabeça e necessitam mais pensar sobre conceitos abstractos ou viver emoçoes novas e é isso que fazem muitos escritores contemporênos e que me dá mais deleite á leitura. Contudo nao deixo de menosprezar esta grande obra, que tem um nível literário fora do normal. Falta metade.
Sophia de Mello Breiner Andresen. Uma biografia em 56 páginas de uma escritora que afirma a “A Poesia nunca me interessou literalmente. A poesia é para mim uma forma de vida ou a forma de vida. Na poesia quis realizar-me, salvar-me.” Ficam os seus versos e basta.
Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na luta por um bem definitivo
Em que as coisas de amor se enternizassem.